Especial Copa do Brasil
A Copa do Brasil foi criada em 1989. Durante toda a década de 70 o Campeonato Brasileiro foi inchado, até que em 1979 houve 94 times na primeira divisão. Em 1980 ficou definido que haveria 40 clubes na primeira divisão e seriam definidos os participantes com base nos campeonatos estaduais. Porém, em 87 houve a grande confusão do Campeonato Brasileiro, com módulo verde e amarelo, mas cada um com 16 times. Vários estados deixaram de participar e não havia mais o campeonato estadual servindo como classificatório para o Brasileiro. Para resolver esse problema foi criada a Copa do Brasil. Uma das realizações dela foi impedir o inchaço do Brasileirão, pois por mais que tenha ocorrido edições com muitos times (em 1993), isso aconteceu por conta da tentativa de tirar um time grande da segunda divisão, não por conta de pressões das federações estaduais.
Porém, há uma segunda versão para a origem da Copa do Brasil. Ricardo Teixeira, genro de João Havelange na época e quase que conhecido apenas por isso, estava querendo ser presidente da CBF. Criar um torneio em que todas as federações participassem garantiria muitos votos e por um preço relativamente baixo. No ano em que foi eleito já começou a Copa do Brasil, com 32 times, os campeões estaduais dos campeonatos profissionais ( naquele ano havia vários estados em que o futebol era amador ) juntamente com os vices dos campeonatos com melhore média de renda, Todas as edições da Copa do Brasil foram sempre em mata-mata. A edição de 89 ocorreu entre 19 de julho e 2 de setembro, em 45 dias. O Grêmio foi o primeiro vencedor, invicto, mas a princípio a competição foi dita como caça-níquel, visando apenas o lucro e pouco acrescentando esportivamente, A imprensa em vários estados ignorou essa final. Para dar mais valor para a competição , o vencedor iria para a Libertadores.
A edição de 1990 foi vencida pelo Flamengo, invicto, e foi disputada entre 19 de julho e 7 de novembro. Já em 1991 a competição aconteceu entre 9 de fevereiro e 2 de junho. O Criciúma venceu a competição contra o Grêmio na final, sendo o primeiro caso de um time que não estava na primeira divisão e jogou a Libertadores. Esse título invicto também deu visibilidade para o Felipão, que até aí era um técnico desconhecido fora do sul do país. Em 92 já ocorreu a volta da Copa do Brasil ao segundo semestre, pela última vez. O São Paulo não jogou a competição por já estar na Libertadores. Pela primeira vez Amapá e Rondônia jogaram a competição, sendo que o Acre estreou em 90. O Tocantins estreou na competição em 94. Mas só foi notícia mesmo em 97, quando o Kaburé perdeu de 8 a 0 para a Portuguesa e na hora da troca de camisas também pediu chuteiras.
Em 1995 a Copa do Brasil teve 36 participantes, sendo quatro convidados. Por isso houve uma fase preliminar. Também mudou uma regra, onde os que vencessem por três gols na primeira fase ou na preliminar seria classificado imediatamente. Em 96 já aumentaria para 40 clubes e 42 em 98, todos com convidados. Em 1999, com 65 times houve uma fase preliminar e uma fase de 32 avos de 16 avos de final antes das oitavas, costumeiramente chamadas de primeira e segunda fase. Esse número subiu para 69, com cinco clubes entrando nas oitavas de final, os que estavam na Libertadores. Apesar de várias mudanças de regulamento, já em 90 havia um regulamente repetido com base no ano anterior. Também fora muito menos mudanças do que as ocorridas no Campeonato Brasileiro.
A partir de 2001 os participantes da Libertadores passaram a não participar da Copa do Brasil e o número de participantes se estabiliza em 64. Essa proibição fez com que mais zebras acontecessem, apesar de várias outras já terem acontecido antes, como o título de 99 pelo Juventude, na última vez que o Maracanã passou de 100 mil de público. Em 2004 o campeão foi o Santo André e em 2005 o Paulista de Jundiaí, que juntos com o Criciúma foram os únicos campeões a não jogarem a Série A. Em 2006 tivemos a primeira final com times do mesmo estado, no caso ainda da mesma cidade, com Flamengo, campeão e Vasco, vice.
Em 2012 ocorreu a última edição sem os participantes da Libertadores. O Palmeiras foi campeão invicto, com o melhor ataque e melhor defesa e a melhor campanha da história da competição. Também foi considerado zebra, pois passou pelo Grêmio, que tinha um time muito superior na época, e o Coritiba foi o vice, tendo na ocasião batido o recorde brasileiro de vitórias seguidas, com 24. Essa foi a terceira maior série de vitórias mundial, perdendo para duas do Ajax, uma com Cruyff e outra com o time vencedor da Liga dos Campeões em 95. O Palmeiras no fim desse ano foi rebaixado no Campeonato Brasileiro. O mesmo aconteceu com o Juventude em 99. Porém ele não jogou a segunda divisão em 2000, pela criação da Copa João Havelange.
Em 2013 começou a regra dos times da Libertadores entrarem nas oitavas de final. Os oito melhores desclassificados na terceira fase da Copa do Brasil iriam para a Sul-Americana, tendo como base o Brasileiro do ano anterior. Confuso? Não foi o único que achou isso. Houve clube que achou mais fácil ir para a Sul Americana do que as oitavas de final da Copa do Brasil, e nesse ano já houve 86 participantes. Em 2014 a final da Copa do Brasil foi entre Cruzeiro e Atlético. A partir de 2017 oito equipes passaram a entrar na competição a partir das oitavas de final, os participantes da Libertadores, os campeões da Série B e das Copas Verde e do Nordeste. O número de participantes passou para 91.
A Copa do Brasil já há alguns anos é vista como a segunda competição mais importante do Brasil. Sua premiação ao campeão é muito superior à do Brasileirão. O tempo em que era só um atalho para a Libertadores passou, hoje é visto como um sinal da qualidade do time e considerado um título a se comemorar pelo seu valor próprio. Muitos times utilizaram como trampolim para a Libertadores, como o Santos, Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro. E hoje já é visto como um sinal claro do patamar novo do Athletico. Deixou de ser visto como um time pequeno para ser considerado médio por muitos e grande por outros.
Alguns campeões da Copa do Brasil ficaram bem conhecidos. As zebras, como Criciúma, Paulista, Santo André e Juventude. O Santos em 2010, com um ataque que fez 10 a 0 e na fase seguinte 8 a 0, o último grande time no Brasil a ter um futebol muito ofensivo. Bateu o recorde de gols de uma edição, com 39. O Cruzeiro de 2003, campeão invicto, vencedor da tríplice coroa doméstica, com Copa do Brasil e Brasileiro no mesmo ano, o único a conseguir isso, além do estadual. Também foram campeões invictos o Grêmio, em 94 e 97, Cruzeiro em 2000 e Corinthians em 95.
Porém, há uma segunda versão para a origem da Copa do Brasil. Ricardo Teixeira, genro de João Havelange na época e quase que conhecido apenas por isso, estava querendo ser presidente da CBF. Criar um torneio em que todas as federações participassem garantiria muitos votos e por um preço relativamente baixo. No ano em que foi eleito já começou a Copa do Brasil, com 32 times, os campeões estaduais dos campeonatos profissionais ( naquele ano havia vários estados em que o futebol era amador ) juntamente com os vices dos campeonatos com melhore média de renda, Todas as edições da Copa do Brasil foram sempre em mata-mata. A edição de 89 ocorreu entre 19 de julho e 2 de setembro, em 45 dias. O Grêmio foi o primeiro vencedor, invicto, mas a princípio a competição foi dita como caça-níquel, visando apenas o lucro e pouco acrescentando esportivamente, A imprensa em vários estados ignorou essa final. Para dar mais valor para a competição , o vencedor iria para a Libertadores.
O maior vencedor da Copa do Brasil, com seis títulos. Imagem da Wikipedia |
A edição de 1990 foi vencida pelo Flamengo, invicto, e foi disputada entre 19 de julho e 7 de novembro. Já em 1991 a competição aconteceu entre 9 de fevereiro e 2 de junho. O Criciúma venceu a competição contra o Grêmio na final, sendo o primeiro caso de um time que não estava na primeira divisão e jogou a Libertadores. Esse título invicto também deu visibilidade para o Felipão, que até aí era um técnico desconhecido fora do sul do país. Em 92 já ocorreu a volta da Copa do Brasil ao segundo semestre, pela última vez. O São Paulo não jogou a competição por já estar na Libertadores. Pela primeira vez Amapá e Rondônia jogaram a competição, sendo que o Acre estreou em 90. O Tocantins estreou na competição em 94. Mas só foi notícia mesmo em 97, quando o Kaburé perdeu de 8 a 0 para a Portuguesa e na hora da troca de camisas também pediu chuteiras.
Em 1995 a Copa do Brasil teve 36 participantes, sendo quatro convidados. Por isso houve uma fase preliminar. Também mudou uma regra, onde os que vencessem por três gols na primeira fase ou na preliminar seria classificado imediatamente. Em 96 já aumentaria para 40 clubes e 42 em 98, todos com convidados. Em 1999, com 65 times houve uma fase preliminar e uma fase de 32 avos de 16 avos de final antes das oitavas, costumeiramente chamadas de primeira e segunda fase. Esse número subiu para 69, com cinco clubes entrando nas oitavas de final, os que estavam na Libertadores. Apesar de várias mudanças de regulamento, já em 90 havia um regulamente repetido com base no ano anterior. Também fora muito menos mudanças do que as ocorridas no Campeonato Brasileiro.
A partir de 2001 os participantes da Libertadores passaram a não participar da Copa do Brasil e o número de participantes se estabiliza em 64. Essa proibição fez com que mais zebras acontecessem, apesar de várias outras já terem acontecido antes, como o título de 99 pelo Juventude, na última vez que o Maracanã passou de 100 mil de público. Em 2004 o campeão foi o Santo André e em 2005 o Paulista de Jundiaí, que juntos com o Criciúma foram os únicos campeões a não jogarem a Série A. Em 2006 tivemos a primeira final com times do mesmo estado, no caso ainda da mesma cidade, com Flamengo, campeão e Vasco, vice.
Em 2012 ocorreu a última edição sem os participantes da Libertadores. O Palmeiras foi campeão invicto, com o melhor ataque e melhor defesa e a melhor campanha da história da competição. Também foi considerado zebra, pois passou pelo Grêmio, que tinha um time muito superior na época, e o Coritiba foi o vice, tendo na ocasião batido o recorde brasileiro de vitórias seguidas, com 24. Essa foi a terceira maior série de vitórias mundial, perdendo para duas do Ajax, uma com Cruyff e outra com o time vencedor da Liga dos Campeões em 95. O Palmeiras no fim desse ano foi rebaixado no Campeonato Brasileiro. O mesmo aconteceu com o Juventude em 99. Porém ele não jogou a segunda divisão em 2000, pela criação da Copa João Havelange.
Em 2013 começou a regra dos times da Libertadores entrarem nas oitavas de final. Os oito melhores desclassificados na terceira fase da Copa do Brasil iriam para a Sul-Americana, tendo como base o Brasileiro do ano anterior. Confuso? Não foi o único que achou isso. Houve clube que achou mais fácil ir para a Sul Americana do que as oitavas de final da Copa do Brasil, e nesse ano já houve 86 participantes. Em 2014 a final da Copa do Brasil foi entre Cruzeiro e Atlético. A partir de 2017 oito equipes passaram a entrar na competição a partir das oitavas de final, os participantes da Libertadores, os campeões da Série B e das Copas Verde e do Nordeste. O número de participantes passou para 91.
Fonte da imagem: Site oficial Athletico |
A Copa do Brasil já há alguns anos é vista como a segunda competição mais importante do Brasil. Sua premiação ao campeão é muito superior à do Brasileirão. O tempo em que era só um atalho para a Libertadores passou, hoje é visto como um sinal da qualidade do time e considerado um título a se comemorar pelo seu valor próprio. Muitos times utilizaram como trampolim para a Libertadores, como o Santos, Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro. E hoje já é visto como um sinal claro do patamar novo do Athletico. Deixou de ser visto como um time pequeno para ser considerado médio por muitos e grande por outros.
Alguns campeões da Copa do Brasil ficaram bem conhecidos. As zebras, como Criciúma, Paulista, Santo André e Juventude. O Santos em 2010, com um ataque que fez 10 a 0 e na fase seguinte 8 a 0, o último grande time no Brasil a ter um futebol muito ofensivo. Bateu o recorde de gols de uma edição, com 39. O Cruzeiro de 2003, campeão invicto, vencedor da tríplice coroa doméstica, com Copa do Brasil e Brasileiro no mesmo ano, o único a conseguir isso, além do estadual. Também foram campeões invictos o Grêmio, em 94 e 97, Cruzeiro em 2000 e Corinthians em 95.
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