Grandes equipes dos Estaduais: O Palmeiras dos 100 gols
Muitos grandes times foram criados nos campeonatos estaduais. Ficando apenas entre os do campeonato paulista, que começa essa semana, tivemos algumas versões do Santos: algumas edições do time de Pelé e um ataque que fez 100 gols em apenas 16 jogos. Tivemos o Corinthians da Democracia Corithiana, o do IV Centenário e o que acabou com o jejum. No caso do São Paulo tivemos o grande time de Leônidas da Silva e o campeonato em que a moeda caiu em pé e os Menudos do Morumbi. Mas falaremos hoje do Palmeiras de 96, um dos últimos grandes times que ganharam apenas o estadual.
Na estreia do Campeonato Paulista, 6 a 1 contra a Ferroviária. Depois, 7 a 1 no Novorizontino e 3 a 0 no Mogi Mirim. O empate com o União São João fez muitos acharem que não o Palmeiras não tinha toda aquela força. 3 vitórias na sequência, sendo um contra o São Paulo e depois a forte Portuguesa (que seria vice do Brasileiro naquele ano). Mas em 13 de março o melhor resultado do ano, o 8 a 0 no Botafogo em Ribeirão Preto. Velloso, goleiro palmeirense, disse na TV Palmeiras que o placar do estádio sequer tinha o número 8 para registar os gols do Palmeiras daquele dia. O placar teve que ficar em 7 mesmo. Depois, 4 a 1 no Rio Brando e 6 a 0 no América.
Mais do que as goleadas, o modo como acontenciam era impressionante. Quase sempre um gol antes dos vinte minutos e um time o tempo todo para cima , com o Luxemburgo sempre querendo o time pra cima. Em 24 de março, O Santos vice campeão brasileiro um ano antes levou um gol logo aos 4 minutos, com Rivaldo. Com menos de um minuto, Cafu fez fila e quase faz um golaço. Aos 16, Cléber fez um de cabeça. 7 minutos depois outro. Na comemoração, foi para Luxemburgo e disse "professor, o que está acontecendo comigo?" E ouviu a resposta, "e eu é que sei?" Cafu fez o 4º aos 13 do segundo tempo, djalmnha o quinto e Rivaldo o sexto. Vira 3 acaba 6, com pelo menos 20 chances claras de gols. No primeiro turno do campeonato, 61 gols em 15 jogos. 4,06 gols por jogo, 9 goleadas e apenas um empate. Pode ver os melhores momentos desse jogo no vídeo acima.
Naquele campeonato o tive teve 27 vitórias em 30 jogos, com apenas uma derrota e dois empates.102 gols marcados e 27 pontos de vantagem em relação ao segundo colocado. Foram 18 vitórias seguidas naquele ano. Nos seis meses que esse time durou, 128 gols em 39 jogos, média de 3,28 por partida; acima dos 2,75 dos Barcelona da tríplice coroa do trio MSN. O centésimo gol do time foi feita por Luizão, no rebote de um chute de Rivaldo. Segundo Luizão, o time todo foi comemorar junto, porque buscava aquela marca.
Jogando no esquema tático padrão dos anos 90 no Brasil, o 4-4-2, o time base foi Velloso; Cafu, Sandro, Cléber e Júnior; Amaral, Flávio Conceição, Rivaldo Djalminha; Müller e Luizão. No banco, Vanderlei Luxemburgo. Galeano, Elivélton e Cláudio entravam com grande frequência. Cléber fez 7 gols, em grande parte por não ter o que fazer lá atrás. Se conseguiram fazer 6 a 0 no Santos em plena Vila Belmiro, quem iria querer enfrentar esse time sem estar muito fechado e correr o risco de outra goleada?
O time começou a ser construído em 95 e Djalminha disse que nunca viu um encaixe desse, já que entrosamente só havia anteriormente entre ele e Luizão. Fizeram 6 a 1 no Borussia Dortmund, que um ano depois seria campeão europeu. .üller se reinventou, dando muito mais assistências. Já com 30 anos e sem a velocidade de antes, se tornou o pensador do time e o principal responsável pelo seu funcionamento. Luxemburgo nos anos 90 era claramente o melhor técnico do Brasil. Cafu e Júnior subiam muito para o ataque; Cafu, porque pouco tempo antes era atacante, ponta e meia no São Paulo e Júnior por ter grande velocidade e resistência. "Você viu o arranque do 6 no minuto 90?" perguntou Bianchi, técnico do Boca em 2000, assustado.
Em abril 5 a 0 no Atlético-MG de Taffarel, que disse" eles foram mto crueis com a gente", em jogo da Copa do Brasil. A revista italiana guerin sportivo já coloca na capa, bianco, rosso e verdão, falando como o palmeiras estava no campeonato, o primeiro de muitos da imprensa estrangeira a vir. Juntando todas as competições, houve 22 vitórias seguidas, até o empate em 2 a 2 no dérby contra o Corinthians. Tinha 73 gols de saldo, mais que os 66 dos 5 times q vinham atrás. Depois do classico, venceu o Parana na copa do brasil por 2 a 0 e perdei pro Guarani por 1 a 0, o que impediu o título invicto. Luxemburgo queria poupar titulares, que recusaram.
Como foi na Copa do Brasil? Vice. Na final, perdei para um ótimo cruzeiro. Mas, Cafu, Flávio Conceição e Djalminha não jogariam. Mas o pior foi Müller, que foi pro São Paulo. Na época havia a lei do passe, o que significava que os jogadores ficavam presos aos seus times mesmo depois do fim do contrato. Ele pediu pra jogar a final apenas com um seguro contra acidentes, com a ideia de ganhar o título e depois ver com a diretoria sua renovação de contrato. Mas recusaram, achando que ele já estava velho. Vemos como a longevidade aumentou nos ultimos anos. A diretoria também fez um amistoso contra o Botafogo na semana da decisao e empatou em Minas por um a um, o que mostra como a gestão dos times de hoje é muito melhor vinte anos depois. Na finalissima, o Verdão estava sem Elivelton e Rivaldo no sacrificio. O time ficou acomodado depois do primeiro gol, com cinco minutos. Mas, no começo do segundo tempo, Dida jogou mto bem e Velloso falhou.
A perda da Copa do Brasil desanimou o time, então foram vendidos vários jogadores depois e o time foi desfeito. Rivaldo, Luizão, Djalminha, Flávio Conceição e Cafu foram para a Europa logo após o fim do semestre. O título poderia fazer com que o Palmeiras tivesse time para vários anos, já que a maioria era jovem. Poderia vencer a Libertadores do ano seguinte, vencida de fato pelo Cruzeiro e talvez até o mundial, que seria contra o Borussia Dortmund. Um grande exemplo de um desperdício de um time espetacular, que como um metoro foi brilhante, porém muito rápido, tanto no estilo de jogo, como em sua duração.
Clicando aqui, todos os gols desse time no Paulistão.
Na estreia do Campeonato Paulista, 6 a 1 contra a Ferroviária. Depois, 7 a 1 no Novorizontino e 3 a 0 no Mogi Mirim. O empate com o União São João fez muitos acharem que não o Palmeiras não tinha toda aquela força. 3 vitórias na sequência, sendo um contra o São Paulo e depois a forte Portuguesa (que seria vice do Brasileiro naquele ano). Mas em 13 de março o melhor resultado do ano, o 8 a 0 no Botafogo em Ribeirão Preto. Velloso, goleiro palmeirense, disse na TV Palmeiras que o placar do estádio sequer tinha o número 8 para registar os gols do Palmeiras daquele dia. O placar teve que ficar em 7 mesmo. Depois, 4 a 1 no Rio Brando e 6 a 0 no América.
Mais do que as goleadas, o modo como acontenciam era impressionante. Quase sempre um gol antes dos vinte minutos e um time o tempo todo para cima , com o Luxemburgo sempre querendo o time pra cima. Em 24 de março, O Santos vice campeão brasileiro um ano antes levou um gol logo aos 4 minutos, com Rivaldo. Com menos de um minuto, Cafu fez fila e quase faz um golaço. Aos 16, Cléber fez um de cabeça. 7 minutos depois outro. Na comemoração, foi para Luxemburgo e disse "professor, o que está acontecendo comigo?" E ouviu a resposta, "e eu é que sei?" Cafu fez o 4º aos 13 do segundo tempo, djalmnha o quinto e Rivaldo o sexto. Vira 3 acaba 6, com pelo menos 20 chances claras de gols. No primeiro turno do campeonato, 61 gols em 15 jogos. 4,06 gols por jogo, 9 goleadas e apenas um empate. Pode ver os melhores momentos desse jogo no vídeo acima.
Naquele campeonato o tive teve 27 vitórias em 30 jogos, com apenas uma derrota e dois empates.102 gols marcados e 27 pontos de vantagem em relação ao segundo colocado. Foram 18 vitórias seguidas naquele ano. Nos seis meses que esse time durou, 128 gols em 39 jogos, média de 3,28 por partida; acima dos 2,75 dos Barcelona da tríplice coroa do trio MSN. O centésimo gol do time foi feita por Luizão, no rebote de um chute de Rivaldo. Segundo Luizão, o time todo foi comemorar junto, porque buscava aquela marca.
Fonte: Placar |
Jogando no esquema tático padrão dos anos 90 no Brasil, o 4-4-2, o time base foi Velloso; Cafu, Sandro, Cléber e Júnior; Amaral, Flávio Conceição, Rivaldo Djalminha; Müller e Luizão. No banco, Vanderlei Luxemburgo. Galeano, Elivélton e Cláudio entravam com grande frequência. Cléber fez 7 gols, em grande parte por não ter o que fazer lá atrás. Se conseguiram fazer 6 a 0 no Santos em plena Vila Belmiro, quem iria querer enfrentar esse time sem estar muito fechado e correr o risco de outra goleada?
O time começou a ser construído em 95 e Djalminha disse que nunca viu um encaixe desse, já que entrosamente só havia anteriormente entre ele e Luizão. Fizeram 6 a 1 no Borussia Dortmund, que um ano depois seria campeão europeu. .üller se reinventou, dando muito mais assistências. Já com 30 anos e sem a velocidade de antes, se tornou o pensador do time e o principal responsável pelo seu funcionamento. Luxemburgo nos anos 90 era claramente o melhor técnico do Brasil. Cafu e Júnior subiam muito para o ataque; Cafu, porque pouco tempo antes era atacante, ponta e meia no São Paulo e Júnior por ter grande velocidade e resistência. "Você viu o arranque do 6 no minuto 90?" perguntou Bianchi, técnico do Boca em 2000, assustado.
Mais um exemplo do 4-4-2 brasileiro, hoje um 4-2-2-2. Imagem: Blog Painel Tático |
Em abril 5 a 0 no Atlético-MG de Taffarel, que disse" eles foram mto crueis com a gente", em jogo da Copa do Brasil. A revista italiana guerin sportivo já coloca na capa, bianco, rosso e verdão, falando como o palmeiras estava no campeonato, o primeiro de muitos da imprensa estrangeira a vir. Juntando todas as competições, houve 22 vitórias seguidas, até o empate em 2 a 2 no dérby contra o Corinthians. Tinha 73 gols de saldo, mais que os 66 dos 5 times q vinham atrás. Depois do classico, venceu o Parana na copa do brasil por 2 a 0 e perdei pro Guarani por 1 a 0, o que impediu o título invicto. Luxemburgo queria poupar titulares, que recusaram.
Como foi na Copa do Brasil? Vice. Na final, perdei para um ótimo cruzeiro. Mas, Cafu, Flávio Conceição e Djalminha não jogariam. Mas o pior foi Müller, que foi pro São Paulo. Na época havia a lei do passe, o que significava que os jogadores ficavam presos aos seus times mesmo depois do fim do contrato. Ele pediu pra jogar a final apenas com um seguro contra acidentes, com a ideia de ganhar o título e depois ver com a diretoria sua renovação de contrato. Mas recusaram, achando que ele já estava velho. Vemos como a longevidade aumentou nos ultimos anos. A diretoria também fez um amistoso contra o Botafogo na semana da decisao e empatou em Minas por um a um, o que mostra como a gestão dos times de hoje é muito melhor vinte anos depois. Na finalissima, o Verdão estava sem Elivelton e Rivaldo no sacrificio. O time ficou acomodado depois do primeiro gol, com cinco minutos. Mas, no começo do segundo tempo, Dida jogou mto bem e Velloso falhou.
A perda da Copa do Brasil desanimou o time, então foram vendidos vários jogadores depois e o time foi desfeito. Rivaldo, Luizão, Djalminha, Flávio Conceição e Cafu foram para a Europa logo após o fim do semestre. O título poderia fazer com que o Palmeiras tivesse time para vários anos, já que a maioria era jovem. Poderia vencer a Libertadores do ano seguinte, vencida de fato pelo Cruzeiro e talvez até o mundial, que seria contra o Borussia Dortmund. Um grande exemplo de um desperdício de um time espetacular, que como um metoro foi brilhante, porém muito rápido, tanto no estilo de jogo, como em sua duração.
Clicando aqui, todos os gols desse time no Paulistão.
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