Final em jogo único
A partir desse ano a Libertadores tem há alguns anos a final em jogo
único. Muitos são contra essa ideia. Veremos agora algumas vantagens do jogo único e a de ida e volta..
Em dois jogos:
1.
Desperdício de um bom jogo
Os times que chegam na final tendem a ser os melhores. Um
jogo entre os dois sempre é esperado. Ter a final em um jogo só faz com que um
bom jogo deixe de existir, o que é um certo desperdício.
2.
Torcida
Com
um jogo definido em um determinado estádio já antes da competição começar é
muito mais difícil pros torcedores irem até a final. Dificuldade com viagens
muito longas, pelas conexões e escalas de avião ou de ônibus, pois a malha
aérea da América do Sul não é tão boa quanto a da Europa. Além dos preços
geralmente altos das passagens e ingressos comprados em curto prazo. E, pode-se
perder a chance de ver seu time campeão no seu próprio estádio. Isso nunca
ocorreu na Liga dos Campeões, que existe desde 1956. Não vimos tantos problemas por isso nas finais da Libertadores porque grandes times estiveram em suas. Mas na Sul-Americana houve problemas em 2021.
3.
Menor justiça esportiva
A possibilidade de um jogo ser decidido por uma falha é
muito maior em um jogo do que em dois ou três. A chance de um gol acontecer é
de cerca de uma em cada nove finalizações. E, sempre pode ocorrer
um erro do juiz, um grande jogador de um dos times pode estar machucado, ou
outra coisa aumentando a aleatoriedade do resultado. O Chelsea conseguiu perder
uma partida em 2010 para o Birmingham, mesmo tendo 25 finalizações contra uma
do adversário. E o Chelsea ganhou a Liga dos Campeões de 2012 depois de se defender
durante 180 minutos contra o Barcelona, na semifinal. Contra o Barça, teve
apenas 20% da posse de bola. Somando as duas partidas, o Barcelona acertou
cinco bolas na trave, perdeu um pênalti e uma série de oportunidades. O jornal alemão
Die Zeit descreveu o título do Chelsea como “não merecido: mais do que isso,
uma farsa”. “O futebol não é justo”, disse o presidente da federação alemã de
futebol, Wolfgang Niersbach
Jogo único:
1.
Dinheiro
É muito mais fácil vender o evento sendo o único que irá
definir o vencedor do que com dois jogos. A facilidade de inserir o jogo nas
emissoras de TV de outros países é muito maior, e há muito tempo estão buscando
o mercado na China e Estados Unidos, pra ficar apenas nos mais fáceis de ver o
interesse financeiro. Também há menos custos para um jogo do que para dois.
2.
Segurança
É muito mais fácil garantir que não haja atentados
terroristas, briga entre torcidas e outras coisas assim em um evento só. Isso
até facilita haver condições próximas as iguais para os dois times, já que
haverá menos possibilidades de haver pressões externas em um campo neutro.
3.
Superbowl e Liga dos Campeões
Esses dois eventos são extremamente bem sucedidos
financeiramente e no quesito marketing. A final do futebol americano é o evento
que mais arrecada dinheiro no mundo, com os mais altos valores dos comerciais
da TV americana. E, a final da Liga dos Campeões dá quase tanto dinheiro quanto
a final da Copa do Mundo. Mais uma vez se deseja imitar o que dá certo na
Europa. Isso faz parecer que a Conmebol, federação sul-americana de futebol
está mais moderna.
Pessoalmente prefiro o formato que existiu no Brasileiro de 98 e 99, em 3 jogos, onde passa quem fizer primeiro 5 pontos, ou seja, quem ganhar dois jogos ou quem ganhar um e empatar os outros dois. Mas esse modelo deixou de existir na Libertadores na década de 80. E você; qual prefere?
Infelizmente a torcida (principal) fica extremamente prejudicada em uma final com jogo único.
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